02 setembro 2005

O poeta não morreu

Cuspir palavras ácidas
Ser amargo como o fel
E um quê de bossa nova
São os ingredientes preferidos
Do meu sofisticado paladar

Quem sabe vou andar na King's Cross
Ou talvez passear em Paris
Sou mesmo um sonhador
Que nunca perde as esperanças
E mantêm a chama da paixão acesa

Iluminando, eclodindo, sussurrando
baixinho coisas inaudíveis
Coisas que não são para o seu bico!
Gosto de brincar
Mas não brinque comigo

Gosto de jogar
Mas não jogue comigo
Gosto de saber
Mas que não se saiba de mim
Realmente, sou muito mais do que penso que sou

E, às vezes, sou só eu
Só.

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