Escravo sou
dos teus desejos
e sangrias
desatadas.
Essa grande suavidade
povoa a minha mente
como uma religião...
Influencia meus gestos
e desatinos.
Senti-la em mim
saliente e solene,
santa e sacropecadora
como uma safada onipotente,
Tolo, sei que sou
e como entendo isso,
contudo não resisto
a essa língua salgada
deslizando pelo meu corpo.
Escravo sou, castiga-me
chão escarrado aqui estou,
apenas para te satisfazer
teu ego maldito
tua ordens horrendas
tua inteligente pormenorizada.
Castiga-me sorridente
tira sangue de minha carne,
marca essa carcaça com batom e chibatadas.
Rezo para ti, santa safada
escravo seu sou sim, sem reclamar
Talvez assim me sinta romântico.
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