15 agosto 2005

Arte

Defino Arte
como quem parte
até Marte
numa Discovery
perto de morrer
por causa de um
parafuso solto.

Defino Arte
como a parte
central de um bolo,
cortado circularmente
para facilitar ao corte.

Defino Arte
como fraude,
Fralda suja
Farsa descabida
Verdade escondida
Soletrada erroneamente
Reiventada e desesperada.

Defino Arte
como o caralho,
Contudo o caralho é o artista
e sendo assim
que nos esperma nos ódes
e outros sonetos cianuretos,
A Arte é meu ovo esquerdo
e o direito, enrrugado...


Defino Arte
como cachaça
como palhaçada
como cervejada
como histeria
como história
como agora
instante presente
onde os ídolos vêm
e somem, sem dar aviso
se dissolvendo
na chuva fina dos consensos.

Defino Arte
como algo indefinível e afavável,
como algo original e fraterno
como algo fraque e terno
como algo certo, ingênuo.

Defino Arte
como algo indefinível
intensamente vívido,
o explorar
do inesquecível.

Nenhum comentário: