19 abril 2005

Último Poema

(Manuel Bandeira)

Assim eu quereria o meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas
mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem
os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

Poema de Manuel Bandeira, tirado da página http://mundoversos.vilabol.uol.com.br/famosos13.htm

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